Na noite da última sexta-feira, 18, a Secretaria Municipal de Cultura (Secult) foi sede do lançamento do livro “Enquanto agonizo e pinto o asfalto de vermelho”, do lagartense Jaflety Pedro. A primeira obra da sua autoria reúne vários poemas escritos durante a sua trajetória de vida, inclusive, durante o período da pandemia de Covid-19.
Segundo o secretário da pasta, o encontro destaca a força da produção literária no município e a valorização dos artistas locais por parte da gestão. “Este é mais um dia para celebrar a cultura lagartense, quando a Casa de Cultura abre as suas portas para o lançamento do livro de Jaflety Pedro. E é assim que vamos continuar trabalhando, no sentido de impulsionar os nossos artistas, nossos autores, as manifestações locais, em geral, mostrando e fazendo a história de Lagarto acontecer através de quem a faz”, disse.
De acordo com o autor, que escreve poemas desde os 14 anos de idade, a noite pode ser definida como a realização de um sonho. “É natural que quem escreve sonhe com a primeira publicação. E não foi diferente comigo. Eu acredito que não importa que tipo de poesia você escreva, mas quem escreve é porque, de alguma forma, acredita em dias melhores e em um mundo um pouco melhor. Então, hoje, o meu coração está cheio de gratidão. Embora não sejam poemas antigos, mas alguns feitos exclusivamente para o livro, eu vejo que ele se resume na minha trajetória até aqui”, celebrou.
Amigo de longas datas do escritor e mestre de cerimônia do lançamento, o escritor César de Oliveira enalteceu o trabalho de Jaflety Pedro e falou sobre a importância da Casa da Cultura abrir suas portas para os artistas locais. “Eu acho fantástico quando vejo que a Secretaria de Cultura está se tornando um pólo de exposição de artes. E quando eu descobri que a Secult também estava abrindo as suas portas para lançamento de livros, eu achei gratificante, porque a Cultura precisa ter esse perfil de artéria pulsante da arte. Para além de fomentar editais, está casa também deve ter a função de proporcionar aos lagartenses a vivência da arte. O fato da Secult ser palco do lançamento de Jaflety, além de outros eventos já realizados, torna esta Secretaria pulsante enquanto promotora de eventos”, pontuou.
A escritora Angélica Amorim relembrou sua vivencia com o autor. “Há dez anos, nos nossos encontros no Sarau da Caixa D’água, fomos estreitando a nossa amizade, e a vontade de movimentar esse eixo aqui na nossa cidade. Na época, nós também montamos um coletivo chamado 079, que reunia pessoas de Lagarto , ou que moravam aqui, mas que eram de outros lugares. E aí, a gente fez diversas intervenções na cidade. Hoje, nós fazemos parte de um coletivo virtual, idealizado durante o período da pandemia, e que conta com participantes de diversos estados dos país. Lagarto já foi um grande celeiro de cultura originária. A cultura ainda continua pulsante e o povo lagartense e criativo que escreve sobre aquilo que pensa e gosta”, destacou.
O lançamento do livro “Enquanto agonizo e pinto o asfalto” foi mais um da agenda de eventos da Casa da Cultura. A noite foi marcada também por recitais de poemas e poesias do autor, interpretadas por colegas escritores, além da apresentação do cantor Flávio Augusto.